Cerca de metade das adolescentes Moçambicanas tem um filho ou está grávida
Maio 15 de Maio de 2018 – Segundo o Inquérito sobre a Malária e SIDA (IMASDA) 2015, mais de 45 % das adolescentes moçambicanas, com idades compreendidas entre 15 e 19 anos de idade, estão grávidas ou já tiveram um filho, disse na Segunda- feira, em Maputo a Ministra da Saúde, Dra Nazira Abdula,
A Ministra da Saúde falava em Maputo durante o lançamento do Programa Conjunto das Nações, Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido (DfID) e o Ministério da Saúde. A Dra. Nazira Abdula disse que a taxa de fertilidade na adolescência, em Moçambique, é de 194 nascimentos por 1000 adolescentes do sexo feminino, sendo de 230 por 1000 adolescentes nas zonas rurais é 134 por 1000 nas zonas urbanas.
O programa conjunto de três anos é financiado pelo Reino Unidos num total de 23,500,000 Libras esterlinas, o equivalente a 29,518,825 dólares norte - americanos. Tem como objectivo garantir maior acesso aos serviços por parte dos utentes e melhorar a qualidade das intervenções, essencialmente para mulheres, crianças e adolescentes. Os parceiros técnicos são: Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização Mundial de Saúde (OMS).
No dia 14 de Maio os parceiros entregaram ao Ministério da Saúde 32 ambulâncias das 51 previstas para o Programa. Até o final de 2020 o Programa prevê:
- Formar mais de 320 enfermeiras de Saúde Materna e Infantil (SMI) e Reforçar instituições de Formação de saúde;
- Adquirir kits essenciais de cuidados obstétricos de emergência completos;
- Adquirir Kits de parto para 41 Unidades sanitárias;
- Adquirir medicamentos e consumíveis
- Construir e/ou reabilitar sistemas de água em 100 Centros de Saúde
- Formar 1.200 Agentes Polivalentes Elementares (APEs).
Nas suas intervenções, tanto as Nações Unidas como o DfID manifestaram a sua profunda satisfação em tomar parte desse Programa que, segundo as suas palavras, vai contribuir para a redução das iniquidades e das gravidezes precoces, com o objectivo último de reduzir os rácios de mortalidade materna e neonatal.
Ambos reiteraram a sua disponibilidade em continuar a colaborar e a continuar a apoiar o Ministério da Saúde no fortalecimento do Sistema de Saúde e alcance dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentáveis que visam construir um mundo mais equitativo - para as pessoas, o planeta e prosperidade para todos.
FIM